Will.i.am fala sobre a Intel, Pirataria e mais em entrevista

Enquanto esteve no México para o Projeto Ultrabook, will.i.am concedeu uma entrevista à Aura Lopez, do site mexicano Quien. Leia a entrevista traduzida abaixo:

Aura: Há alguns dias fez um ano que você é diretor criativo da Intel - Eu acho que você não trabalha das 9h00 da manhã até às 17h00 da tarde - mas quais são suas expectativas com este posto?
Will.i.am: Trabalhar com a Intel é um benção, eu gosto. O poder de ver um produto antes que ele chegue às pessoas é fantástico e dar-lhe conselhos sobre como implementar a tecnologia em arte, música e vídeo. É uma grande oportunidade de sonhar com o amanhã se você estiver com pessoas que estão se formando.

A: Você fez sucessos do pop de nível mundial, músicas dançantes, pegajosas e sexy. Como você projeta a canção perfeita?
W: Eu tenho Transtorno de Déficit de Atenção, uma deficiência que atrapalha a minha concentração mas eu uso para meu benefício, posso ouvir uma música mais e mais e mais uma vez, coisa que outras pessoas não fazem. Então (começa a rir), se algo é pegajoso para mim, definitivamente, será para todos.

A: Há alguns meses você publicou em sua conta no Google+ que o álbum era uma espécie de "arte extinta". A indústria só funciona com simplicidade ou você imagina um formato diferente?
W: Sim, é uma arte extinta. Por mais que eu tenha um álbum para lançar, eu sou honesto, não quero mentir e dizer "Ei! Um novo álbum... é uma revolução!" Não, nenhum pouco e eu nem mesmo uso CDs...

A: De verdade, não ouvimos um álbum inteiro.
W: Leia os tweets, ninguém está usando seu Facebook, Twitter ou sua página no Google+ para depender do entretenimento, apenas usam. Na realidade, não se trata do processo do álbum, sim do que alguém pensa estar adaptando essas novas plataformas para sua arte. Talvez até uma música ou uma foto, mas não são parte da narrativa.
Assim, neste projeto você irá se desenvolver em uma cidade e terá dois para dias para criar uma canção, pois no terceiro dia você deve toca-lá. Um álbum leva seis meses, e às vezes um artista faz uma canção em quatro semanas.

A: Isso soa como muito trabalho para fazer...
W: Sim! É tempo real! Se você é um verdadeiro músico, você tem a capacidade de fazer a música. Alguém iria levar uma eternidade para fazer algo, mas se você tiver que fazê-lo em dois dias... "Yes We Can" foi feita em dias, no dia 27 de Janeiro foi o dia em que eu a completei, faz quatro anos.

A: Planejar fazer algo parecido para a campanha de releeição?
W: Não, agora eu devo criar uma música. 2008 foi o tempo, agora é a hora de fazer o trabalho. Eu ainda acredito no conceito de "Yes We Can", para mim significa que você é parte de um "nós (we)", então o que você está fazendo para ajudar (o progresso do país)? E por isso que tenho um programa de bolsas para enviar as crianças para escola sem nenhuma dívida, eu também toco como DJ para arrecadar dinheiro para as famílias que perderam sua casa porque não existe emprego nos Estados Unidos. Essa é a minha contribuição, não há uma canção que quero cantar sobre o tema, quero apenas agir.

A: Há algumas semanas o assunto mais falado era sobre a lei SOPA. Como artista, como você acha que se pode combater ou resolver a pirataria?
W: Primeiro deve indentificar o porque da pirataria e se algo está mudando. A indústria do entretenimento precisa perceber que eles são tecnológicas e como consequência disso, surgiu a arte, a música e os filmes. Antes que RCA fosse uma gravadora, ela foi uma empresa de tecnologia e depois investiu no sistema NTC que é o da nossa televisão e dai surgiram os programas de televisão: comédia, filmes e MGM. Agora existem novas tecnologias melhores que as de ontem.A arte que surgiu no mundo de ontem não tem lugar para estar durante estes novos dias, que vive na internet. Não foi feito para a rede e foi feito pelas empresas naquela época conhecida por sua inovação e a única maneira de proteger as artes será quando a Intel tem uma ala criativa para investir na cura (de produtos) ou quando o Google tiver seus próprios artistas para fazer filmes. A arte será monetizada pois essas empresas são bem sucedidas e tem grandes orçamentos, por exemplo, são milhões de dólares que se usam na televisão, anúncios de revistas e comerciais, quando ninguém vê esses comerciais mas todos escutam as músicas e veêm os vídeos, esses são os artistas que não fazem parte desta empresa. Eu estou na Universal e que diabos estamos fazendo... temos mais "hardware" que "bits"! Assim, pronto para as novas tecnologias investirem em seus artistas, os Spielberg de amanhã, os Black Eyed Peas, as Madonnas, os jornalistas do New York Times ou da Revista Time.

A: Para terminar, quando você não tem shows em uma turnê, nem compromissos. Como você passa um dia normal, sem ser o "will.i.am artista", mas sim a pessoa?

W: Pensando em como fazer uma turnê e fazer uma outra canção.

A: Sério? Você não tem férias...
W: Sim, mas eu estou sempre viajando, pensando ou fazendo algo para criar e trabalhar nesse vício que eu gosto. Eu trabalho porque nunca quero voltar para o gueto, por isso estou nesta corrida porque eu sei o que é viver no gueto e eu nunca mais quero passar por isso. Há 20 anos eu saí de lá, eu trouxe a minha família e agora quero voltar para mudar meu bairro.
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Uliciana J disse...:

    will diz ''eu trouxe a minha família e agora quero voltar para mudar meu bairro'' esse cara é um anjo SERIO , will.i.am te amo !

  1. Anônimo disse...:

    Will não para gente hahahahaahah

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